Tabelas - Forma Normal
A disciplina Análise de Sistemas abordará detalhadamente esta importante metodologia para definição das tabelas que
irão compor a base de dados, que aqui apenas citaremos.
Primeira Forma Normal:
Uma relação se encontra na primeira forma normal se todos os domínios de atributos
possuem apenas valores atômicos (simples e indivisíveis), e que os valores de cada atributo na tupla seja um valor
simples. Assim sendo todos os atributos compostos devem ser divididos em atributos atômicos.
Segunda Forma Normal:
Uma relação se encontra na segunda forma normal quando estiver na primeira forma normal e
todos os atributos que não participam da chave primária são dependentes desta.
Assim devemos verificar se todos os
atributos são dependentes da chave primária e retirar-se da relação todos os
atributos de um grupo não dependente que dará origem a uma nova relação, que conterá esse atributo como não chave.
Desta maneira, na segunda forma normal evita inconsistências devido a duplicidades.
Terceira Forma Normal:
Uma relação estará na terceira forma normal, quando estiver na primeira forma norma e todos
os atributos que não participam da chave primária são dependentes desta porém não transitivos.
Assim devemos verificar
se existe um atributo que não depende diretamente da chave, retirá-lo criando uma nova relação que conterá esse grupo
de atributos, e defina com a chave, os atributos dos quais esse grupo depende diretamente.
O processo de normalização deve ser aplicado em uma relação por vez, pois durante o processo de normalização vamos
obtendo quebras, e por conseguinte, novas relações.
No momento em que o sistema estiver satisfatório, do ponto de vista
do analista, este processo iterativo é interrompido.
De fato existem
literaturas indicando quarta, quinta formas normais, que não nos parece tão importante, nem mesmo academicamente.
A normalização para formas apoiadas em dependências funcionais evita inconsistências, usando para isso a própria
construção da Base.
Se a mesma consistência for passível de ser garantida pelo aplicativo, a normalização pode ser
evitada com ganhos reais no desempenho das pesquisas. No caso da
consistência não ser importante, também podemos não normalizar totalmente uma Base de Dados.
Exemplo: Normalizar os seguintes atributos:
Nº do Pedido, Nome do Cliente, Nome dos Produtos, Quantidades
Nº do Pedido, Código do Cliente, Nome dos Produtos, Quantidades
Código do Cliente, Nome do Cliente
Nº do Pedido, Código do Cliente, Código dos Produtos, Quantidades
Código do Cliente, Nome do Cliente
Código do Produto, Nome do Produto
Nº do Pedido, Código do Cliente
Código do Cliente, Nome do Cliente
Código do Produto, Nome do Produto
Nº do Pedido, Código do Produto, Quantidade
Cliente Pedido Item Produto
CliCodi PedNume PedNume ProCodi
CliNome CliCodi ProCodi ProNome
IteQtde
O esquema apresentado anteriormente poderia ser inferido diretamente, usando metodologia tipicamente apresentada em
Organização e Método.
Se soubermos, por hipótese, que um profissional habilitado desenhou o pedido da empresa, e que
esta o está utilizando com sucesso, poderíamos basear nosso modelo de dados neste formulário.
Devemos notar que
muitos Analistas de Sistemas não adotam estes procedimentos, por preferirem os métodos convencionais para elaboração
do Modelo de Dados.
Considerando qualquer formulário de pedidos podemos notar que o Número do Pedido geralmente tem destaque e
sempre é único, ou seja encontramos nossa chave primária da Tabela de Pedidos, como sabemos que um cliente pode
fazer mais de uma compra, achamos nossa Tabela de Clientes, que pode ter um Código, portanto achamos sua chave
primária, que por conseguinte será a chave estrangeira da Tabela de Pedidos.
Um ponto delicado, diz respeito aos itens do pedido, que formam geralmente um espaço destacado dentro do formulário
de pedidos. Geralmente, e este é um dos casos, estas áreas em separado dos formulários darão origem a tabelas filhas, como é o caso típico das duplicatas em notas fiscais, ou dos dependentes na ficha de funcionários.
Portanto achamos
nossa Tabela de Itens que será ligada à Tabela de Pedidos através do Número do Pedido, que é ao mesmo tempo chave
primária e chave estrangeira para a Tabela de Itens.
Finalmente podemos perceber, que da mesma forma como os clientes se repetem em relação a Tabela de Pedidos, os
produtos podem se repetir na tabela de itens (observe que não obstante não termos nenhum pedido com o mesmo item
grafado duas vezes, este item pode ser adquirido em outro pedido).
Assim descobrimos nossa quarta tabela, a Tabela de
Produtos e a chave primária Código do Produto.
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