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domingo, 22 de dezembro de 2019

SGDB - Características Gerais


Características Gerais de um SGBD 


Os SGBD tem sete características operacionais elementares sempre observadas, que passaremos a listar: 

Característica 1: Controle de Redundâncias

- A redundância consiste no armazenamento de uma mesma informação em locais diferentes, provocando inconsistências. Em um Banco de Dados as informações só se encontram armazenadas em um único local, não existindo duplicação descontrolada dos dados. Quando existem replicações dos dados, estas são decorrentes do processo de armazenagem típica do ambiente Cliente-Servidor, totalmente sob controle do Banco de Dados. 

Característica 2: Compartilhamento dos Dados

- O SGBD deve incluir software de controle de concorrência ao acesso dos dados, garantindo em qualquer tipo de situação a escrita/leitura de dados sem erros. 

Característica 3: Controle de Acesso

- O SGDB deve dispor de recursos que possibilitem selecionar a autoridade de cada usuário. Assim um usuário poderá realizar qualquer tipo de acesso, outros poderão ler alguns dados e atualizar outros e outros ainda poderão somente acessar um conjunto restrito de dados para escrita e leitura. 

Característica 4: Interfaceamento

- Um Banco de Dados deverá disponibilizar formas de acesso gráfico, em linguagem natural, em SQL ou ainda via menus de acesso, não sendo uma "caixa-preta" somente sendo passível de ser acessada por aplicações. 

Característica 5: Esquematização

- Um Banco de Dados deverá fornecer mecanismos que possibilitem a compreensão do relacionamento existentes entre as tabelas e de sua eventual manutenção. 

Característica 6: Controle de Integridade

-Um Banco de Dados deverá impedir que aplicações ou acessos pelas interfaces possam comprometer a integridade dos dados. 

Característica 7: Backups

- O SGBD deverá apresentar facilidade para recuperar falhas de hardware e software, através da existência de arquivos de "pré-imagem" ou de outros recursos automáticos, exigindo minimamente a intervenção de pessoal técnico. 

Existe a possibilidade de encontramos Bancos de Dados que não satisfaçam completamente todas as características acima, o que não o inválida como Banco de Dados. 

Na prática podemos encontrar situações onde a primeira característica não seja importante, pois podemos ter o Banco de Dados baseado totalmente em um único servidor, e as redundâncias podem ser aceitas em algumas situações sob controle da aplicação (algo não muito recomendado, mas passível de aceitação, em situações onde a existência do nome do cliente em um arquivo contendo duplicatas emitidas, possibilita o acesso a apenas uma tabela sem relacionamentos, e sabe-se de antemão que uma duplicata depois de emitida, não pode ter seu cliente alterado). 

A segunda característica (Compartilhamento dos Dados) pode ser desconsiderada principalmente em ambiente de desenvolvimento, ou ainda em aplicações remotas. 

O Controle de Acesso pode ser descartado em pequenas empresas, sendo que o aplicativo em questão, mais o software de rede, podem facilmente se incumbir desta característica, no caso de pequenas empresas, com reduzido número de pessoas na área operacional. 

O Interfaceamento e a Esquematização, são características sempre disponíveis, o que varia neste caso é qualidade destes componentes, que vai desde o sofrível até o estado da arte. 

É muito conveniente que esta característica seja muito boa em um Banco de Dados, onde estiverem em atuação mais de um Administrador de Banco de Dados e tivermos um número relativamente alto de sistemas desenvolvidos ou em desenvolvimento neste ambiente. 

De fato, quanto maior o número de pessoas envolvidas no desenvolvimento de aplicações e gerenciamento do Banco de Dados, mais importante tornam-se estas duas características, pois cada novo sistema desenvolvido precisará sempre estar adequado ao Banco de Dados da Empresa e aderente aos padrões de acesso utilizados nos sistemas concorrentes. 

O Controle de Integridade, é outra característica sempre presente nos Bancos de Dados, mas existem diferenças quando da implementação desta característica. 

Assim, é comum encontrarmos Bancos de Dados que suportam determinado acesso, enquanto outros não dispõe de recurso equivalente. 

O Backup em tempo de execução, é outra característica sempre disponível, porém temos aplicações que invariavelmente são comprometidas por falhas de hardware, e outras, que o mesmo tipo de falha não causa perda alguma de dados ou de integridade.

Novamente, cada Banco de Dados tem esta característica melhor ou pior implementada, cabendo ao Administrador de Banco de Dados escolher aquele que lhe oferecer mais segurança. 

Devemos ressaltar ainda, que podemos ter um Banco de Dados Modelo A, que respeite integralmente as regras básicas e disponha de todas as características apresentadas, enquanto um Modelo B que apesar de respeitar as regras básicas, não suporte uma ou outra característica desejável, mas tenha um desempenho excelente, enquanto o Modelo A seja apenas razoável no quesito desempenho, nos levará seguramente a escolher o Modelo B como sendo o ganhador para nossa instalação! 

Isto ocorre pois, na prática, todo usuário deseja um tempo de resposta muito pequeno. 

O chamado “prazo de entrega” muito comum em Bancos de Dados operando nos limites de sua capacidade, ou nos casos onde o hardware está muito desatualizado, é fonte de inúmeros problemas para o pessoal de informática. 

Neste caso é melhor abrirmos mão de uma Interface Amigável, de um Gerenciamento Automático de Backups ou ainda de outras características que não julgarmos fundamentais, para nos livrarmos do problema típico de ambiente extremamente comprometido, por má performance do Banco de Dados. 

A escolha do Banco de Dados da empresa, portanto é uma decisão muito delicada, na medida em que está irá acarretar troca de aplicativos e troca de hardware. 

Os investimentos diretamente aplicados no Banco de Dados, costumam ser infinitamente menores do que aqueles a serem aplicados na empresa, visando sua perfeita adequação ao novo SGBD. 

Esta decisão, sempre que possível, deve ser tomada por especialistas em Banco de Dados, com profundos conhecimentos de Análise de Sistemas, de Banco de Dados e de Software de Gerenciamento de Bases de Dados, de forma a evitar que a empresa escolha um Banco de Dados inadequado aos seus propósitos, e que pouco tempo depois, seja obrigada a perder todos investimento realizado em Software e Hardware.

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